Assuntos que foram tratados no curso do e-proinfo e curso de educação digital iniciado no dia 16/04/2009 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Alberto Bauer das 13h30min. às 17h15min.

terça-feira, novembro 14, 2006

DÚVIDA!


Daniela!

Me parece que fiquei devendo uma atividade no PROA 04, conforme verificado na tabela de atividades solicitadas ficou a 02, só não entendi que atividade é essa! Podes me ajudar?

Abraços!

segunda-feira, novembro 13, 2006

A INFLUÊNCIA DA TV EM NOSSAS VIDAS!


SÍNTESES DE TEXTOS -

Daniela!
Consegui postar na Biblioteca - material do aluno, mas é um trabalho chato, pequenos detalhes impedem a postagem!

Obrigado!

Procurei fazer reflexões sobre os textos sobre as mídias, fiz a elaboração da síntese e a relação das observações feitas com a atividade pedagógica, são riquíssimos de conteúdo e valeu a pena lê-los.

Rosa Maria Fischer em seu texto – Educação, subjetividade e cultura nos espaços midiáticos, trata da importância da cultura das significações, das imagens dos meios de comunicação.
A autora propõe que professores e educadores busquem compreender profundamente esse espaço cultural tão importante em nosso tempo e realizem trabalhos cotidianos na escola a partir desses mesmos textos e imagens que a mídia faz circular entre nós, de modo a ultrapassar o mero papel de espectadores de um mundo, tratado equivocadamente como algo “fora de nós: ora, nós estamos nesse mundo, fazemos parte dele, por ele somos radicalmente subjetivados.
Podemos entender que o sujeito subjetivado é aquele que não vê o lado real das coisas e a mídia nos transforma radicalmente em sujeitos subjetivados se nós não desenvolvermos um espírito crítico em nós mesmos como educadores não teremos condições de apontar ou ajudar os nossos alunos a verem os efeitos danosos da influência exercida por esses veículos. Principalmente no caso da televisão, condena-se o baixo nível das programações feitas na base da mediocridade e do sensacionalismo. A onda de violência, constantemente irradiada através das imagens pelo vídeo, e os efeitos deformadores que mensagens desse tipo provocam nos espectadores também devem ser largamente criticados. Num plano mais geral, observa-se ainda o quanto a televisão contribui para a massificação das pessoas e a decadência de uma cultura saudável de relacionamento humano. As crianças, por exemplo, já não brincam tanto quanto antes e passam grande parte do tempo a sonhar com as fantasias vistas nas imagens da TV.
Analisando o texto e os argumentos uma coisa é certa, a mídia pode ter seus efeitos positivos ou negativos, dependendo da maneira como é utilizada. Também não podemos responsabilizar só a mídia por todos os vícios de uma sociedade, pois as imagens e mensagens veiculadas não constituem apenas causas dos males sociais, mas, seus reflexos. E não é combatendo os efeitos que vamos eliminar as causas, é preciso mudar a mentalidade das pessoas, elevando o nível cultural do povo. A tarefa é estrutural.
A autora também destaca a importância de pensar que no centro das lutas pelo poder, em nosso tempo, cada vez mais estão em jogo lutas simbólicas, lutas pela hegemonia de sentidos e visibilidade de imagens associadas a determinados grupos, causas, ações políticas e etc. Se a cultura está no centro, logo a construção de identidades sociais e individuais não pode ser vista como uma questão pertinente prioritariamente ao campo psicológico e sim na produção de sujeitos, a partir de um exame dos processos culturais em que estamos imersos.
Para a autora, a mídia – particularmente, o da publicidade é um dos espaços que torna possível o processo de construção social de identidades.
No texto vários autores mostram que compramos determinados bens pela aparência.
Beatriz Sarlo, afirma que “as bases de identificação do homem de ser e estar no mundo, estariam nos objetos de consumo e a eficácia da publicidade tem uma relação direta com o fato de através dela promover uma tensão dada pelo sentimento de uma falsa liberdade de escolha.
Aprendemos com a publicidade a buscar um certo bem-estar, num processo em que a seleção de determinadas imagens e palavras, frases melódicas ou cores tem papel fundamental de nos fazer desejar e consumir o diferente, mas, paradoxalmente, sempre são os mesmos.



educacaoecybercultura

Em seu texto o autor chega a três constatações:
1ª) A maioria das competências adquiridas por uma pessoa no começo de seu percurso profissional serão obsoletas ao fim de sua carreira;
2ª) A nova natureza do trabalho não pára de crescer, pois trabalhar equivale cada vez mais aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos;
3ª) O ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas.
Segundo Lévy, essas tecnologias intelectuais favorecem novas formas de acesso à informação, sobretudo as memórias dinâmicas que são objetivadas em documentos (digitais) ou softwares disponíveis em rede que podem ser partilhadas entre um número grande de indivíduos.

O autor descreve que o que deve ser aprendido não pode mais ser planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada. Hoje tornou-se necessário preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxos, não lineares, que se reorganizam conforme os objetivos ou contextos e nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva.
Por isso torna-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de educação e formação:
A adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e à distância, aonde o docente vê-se chamado a tornar-se um animador da inteligência;
Envolve o reconhecimento do aprendido, pois a escola e a universidade estão perdendo o monopólio de criação e transmissão de conhecimento, mas pode orientar os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento de Know-how das pessoas, inclusive os saberes não acadêmicos.

O autor descreve que as páginas da Web expressam as idéias, os desejos, os saberes, as ofertas de transação de pessoas e grupos humanos.



O PAPEL DAS NOVAS TECNOLOGIAS-

Segundo o autor aproxima alunos e professores e muda as modalidades de construção do conhecimento, as relações ficam hiper-textuais e a relação do menino e conhecimento. Trabalhar com tecnologia precisa de um envolvimento sensorial mais geral.
PROBLEMA QUE OCORRE NA RELAÇÃO ENTRE NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO EM GERAL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA -

1ª – Diferença na organização da informação;
2ª – Possibilidade de visualizar sobre a tela o que acontece diversamente na nossa idéias.







SÍNTESE DO TEXTO -

CONGRESSO EDUCAÇÂO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL –
Segundo Neide Duarte, quando questionada sobre o que pensa dos meios de comunicação e responsabilidade na educação, ela falou do menino que a mãe lavava roupa e ouvia Gil Gomes e no intervalo o menino prestava mais atenção nas músicas de Beethoven e outros músicos e se tornou um deles.
Para ela tudo é educação enquanto estivermos vivos. Ela cita Hannah Arendt que diz que o homem precisa estar entre os homens para se tornar humano.
No debate ela fala que aprendemos pelo exemplo e nas possibilidades como o menino que ouvia Gil Gomes. Tudo é escola, é educação e a televisão é a escola mais poderosa de um país. A TV mostra o que somos – tudo de ruim, porque reforça um pensamento forjado durante a escravidão, de um povo carente em todos os sentidos esperando que um apresentador dê a solução ou ajude em dinheiro. É um povo de baixa auto-estima, que aprende a mendigar e não lutar, enquanto isso cresce a violência.
Segundo Neide, tudo o que vemos um homem fazer desperta em nós a compreensão de que nós também poderíamos fazer – Carregamos pela existência a possibilidade.
Segundo ela os programas de governo dos candidatos à presidência da República. Todos falam em segurança e violência, mas todos esquecem dos jovens da periferia.
Sugestão de Dimenstein: que os jovens recebam um salário e a função de cuidar de sua comunidade, de participar de projetos – dizem que é só a comunidade fazer Projetos principalmente de formação humana que o governo garante, em primeiro lugar não concordo porque trabalhei em comunidade como líder e tivemos que lutar muito para conseguir melhoras e porque os políticos engavetam e em segundo lugar porque eles só cumprem se levarem “porrada”, se a comunidade organizada chamar a imprensa e cobrar. Defende-se que quando somos criativos, descobrimos o nosso lugar no mundo, o que nos diferencia de todos os outros seres, só que são negadas as oportunidades ao menos favorecidos.

Citação de Santo Agostinho:
“Cada criança que nasce, nasce com ela todas as possibilidades, a partir dela tudo é possiveel”. Esse é o poder do homem: o dom de iniciar uma nova ordem no mundo.

Paulo Cunha no debate, fala da mídia para educação e educação para a mídia, hoje a diferença inexiste pois elas estão definitivamente identificadas, porque como nos Estados Unidos, as crianças ficam a maior parte do tempo em frente a televisão e esta babá eletrônica assumiu o controle do processo educacional em seu sentido e um conceito mais amplo, que adquire respaldo no artigo 221 do texto constitucional, que preceitua e define as finalidades culturais e educativas da televisão de sinal aberto, a TV generalista.
Segundo Cunha, a maioria da população não sabe que esta lei exige uma definição mais clara desses conteúdos culturais e educativos, assim como a criação de mecanismos de controle, sendo um dos principais a exigência de relatórios circunstanciados para a renovação das concessões estatais. Fala ele que, como a maioria pensa Silvio Santos e Roberto Marinho são detentores de concessão por dez anos e não donos das emissoras e quando da renovação desta concessão deveria passar pelo crivo mais rígido do Congresso para ver o que de bom fizerem no sentido da educação, só que são deixados de qualquer maneira.
Para Cunha, educação para a Mídia é um conceito novo, fala ele que andamos para trás do ponto de vista da qualidade na televisão de sinal aberto no Brasil, passamos por uma crise de qualidade mais expressiva e mais dramática, talvez, inclusive, a mais perigosa. Temos que pensar na possibilidade da criação nas escolas convencionais, fundamentais ou de ensino médio, de disciplinas destinadas a oferecer as condições para a criação de uma audiência crítica.
Diz ele que, temos que pensar na possibilidade da criação nas escolas convencionais, fundamentais, ou ensino médio – de disciplinas destinadas a oferecer as condições para a criação de uma audiência crítica, que ofereça simultâneamente a reflexão do que está se passando na TV, debates e pressões da própria sociedade organizada.
O autor defende uma visão integrada desses dois segmentos: educação para a mídia e mídia para a educação, para que se consiga, a um só tempo, induzir a produção de um conteúdo afinado com o princípio constitucional da finalidade cultural e educativa.
Para mim isto é UTOPIA, calma lá! Eu ainda acredito que a utopia tem sua serventia como nos diz a frase de Eduardo Galeano: A utopia está no horizonte, me aproximo dois passos, se distancia dois passos, caminho dez e o horizonte caminha dez passos mais. Por mais que eu caminhe, nunca alcançarei. Para que serve a utopia? Para isso, para caminhar! Acredito que a partir do momento que a sociedade se conscientizar, se organizar e começar a lutar pelas mudanças, isto possa acontecer! Mas por experiência própria são poucos que dão a cara pras elites dominantes bater e não são os nossos representantes eleitos que vão fazer isto! No Brasil não existe Democracia nem representativa e nem participativa, é uma fachada! O povo só é chamado pra votar, eu por exemplo sou Diretor de Formação e Comunicação do Sindicato, e como é difícil ver os companheiros levar a teoria para a prática, Falta coragem para muitos!
Segundo Rita Kehi, o Congresso Nacional não contraria nenhum interesse de nenhuma emissora de TV, criticou a Marta Suplicy que se negou a fazer alguma coisa quando era Deputada.
Diz ela que, a TV ocupou, no Brasil, uma importância no espaço público e no espaço político que ninguém vai comprar briga com ela, isto significa que o espaço público continua sendo o espaço onde se dá o jogo dos interesses políticos, mas eles são filtrados pelos interesses comerciais das emissoras de televisão e da publicidade, das empresas que dependem das emissoras de televisão para sobreviver. Sem dúvida! Mas Rita no debate chegou a constatação que a TV educa e deseduca o tempo todo até mais que a escola, e isto não é novidade!
Rita mostra que a criança é educada pela Televisão da seguinte forma:
1º) Forma a criança para ser um telespectador – dificultar o gosto pela leitura.
2º) Em seguida, a televisão comercial- canal de consumo. Então 60% da população brasileira não é gente? Entram como massa de espectadores. A criança aprende desde pequeno a se sentir superior e desprezar os semelhantes quando o pai consegue comprar e a se tornar invejoso e violento quando são de famílias mais carentes.
Todos os canais são obrigados a seguir a mesma lógica para não pagarem um alto preço, que é uma audiência menor! Os canais apostam na rapidez do fluxo de imagens, que tem que apresentar, isto não tem nada a ver com que a televisão teria a transmitir, tem a ver com a concorrência e a busca de IBOPE para ter investimento publicitário.
A televisão vai formando uma geração de crianças e de jovens que vão se tornando cada vez mais impacientes e mais incapazes de um outro tipo de trabalho mental.
Numa sociedade totalitária em que os homens são dispensados desse seu potencial criativo, não adianta quererem criar porque não têm espaço e são dispensados da faculdade do pensamento, que é onde o diálogo com o outro, mesmo que seja interno, se desenvolve, o mal se torna banal porque os homens se tornam supérfluos.
Por isto hoje a violência se tornou corriqueira, mas é bom acordar, porque ela afeta a todos e não é só problema dos menos favorecidos, o problema é de todos!

Como diz a Rita: “Cidadania é o investimento do Estado em nossas vidas! Reforça Paulo Cunha, depende da gente, da nossa pressão. Do trabalho das ONGs, o trabalho da sociedade civil organizada, em todos os seus matizes e aspectos, é fundamental para a criação, em primeiro lugar de uma consciência, no sentido de que a situação como está não pode permanecer nem pode continuar evoluindo. Já está um caos!
Como a Rita também sou contrário ao uso da TV em sala de aula! Mas não ao debate, reflexões com os alunos sobre os efeitos danosos da influência exercida por ela em nossas vidas. Principalmente o baixo nível das programações feitas na base da mediocridade e do sensacionalismo. A onda de violência, constantemente irradiada pelo vídeo, e os efeitos deformadores que mensagens desse tipo provocam na formação das nossas crianças que são nossos alunos com que temos que trabalhar e contribuir na formação, observei nos textos num plano mais geral o quanto a televisão contribui para a massificação das pessoas e a decadência de um saudável relacionamento humano. As crianças, por exemplo, já não brincam mais tanto quanto antes e passam grande parte do tempo a sonhar com as fantasias nem sempre desejáveis da TV. Os adultos, por sua vez, esquecem do bate-papo, da conversa entre amigos e, mudos, permanecem sentados, olhos fixos, assistindo TV.
Nesse mundo repleto de problemas e que tanto precisa de pessoas participantes nas discussões e decisões, o tipo de programação veiculada forma multidões de espectadores passivos, dando-lhes a ilusão de participarem dos acontecimentos.
Analisando os argumentos dos que atacam e dos que defendem a televisão, uma coisa é certa: em si mesmo, esse veículo assim como o computador é bom e é mau. Como todas as máquinas surgidas com o progresso, seus efeitos podem ser positivos ou negativos, dependendo da maneira como é utilizada. Isso revela que não basta mudar apenas as programações da televisão, mas, inversamente, é preciso mudar a mentalidade do espectador, elevando o nível cultural do povo.


PLANO DE TRABALHO -

USO DA MÍDIA (APARELHO DE SOM E CD) –

SÉRIE: 7º ano
PERÍODO: Matutino
NÚMERO DE ALUNOS: 32
DURAÇÃO: 03
DATA DA REALIZAÇÃO: 09/11/2006
DISCIPLINA: História
CURSISTA: Antônio Wilson Corrêa Ribeiro

OBJETIVO GERAL:
* Estimular a inclusão social na perspectiva da diversidade cultural.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Oportunizar a expressão e imaginação através da música “Racismo é Burrice”;
Reconhecer a diversidade cultural e a complexidade das regiões e sociedades africanas;

RECURSOS:
Aparelho de som;
CD;
Letra da música “racismo é burrice” de Gabriel Pensador.


PROCEDIMENTOS:

Leitura da letra da música;
Ouvir a música;
Comentários sobre o tema e debates;
Apresentar o conteúdo “As veias douradas da África”
Interpretar o conteúdo através de desenhos.



RACISMO É BURRICE
Gabriel o Pensador
Composição: Gabriel o Pensador


Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
“O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar”
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De natureza diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A “elite” que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você branco
Aliás branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multiracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Racismo é burrice

Negro e nordestino constroem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral


Racismo é burrice

Racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo esta dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo-eu digo nenhum tipo de racismo-se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da “elite”
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice

Racismo é burrice

E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.

AS VEIAS DOURADAS DA ÁFRICA

REFLEXÃO
Na plenária sobre o tema “Racismo”, realizado após ouvirem a música “Racismo é Burrice”, os alunos foram provocados para darem suas contribuições.
As contribuições foram bastantes diversificadas, comprovando o conhecimento prévio a cerca do tema.
Citaram exemplos mostrados na música, tele-novelas, em entrevistas, tele-jornais e nos esportes. Citaram inclusive experiências do próprio cotidiano.
Ficou evidente na plenária que o negro encontra muita dificuldade na conquista pelo seu espaço na sociedade.
Porém em algumas falas, alegaram que o próprio negro se coloca em posição de inferior ao branco.
Após a plenária, os alunos puderam expressar suas opiniões de forma escrita e individual.
No texto do aluno Ivan (7°02), destacou: “O tempo medieval é igual a hoje, a descriminação é a mesma, a diferença cultural e social também, mas a pior coisa que depois de anos de abolição ainda à discriminação e perda de valor ao negro”.
A igreja é uma da percussora do racismo existente até os dias atuais. “Para o aluno Josielton (7°02), “Racismo é doutrina que sustenta a superioridade de certas raças”.
Muitos alunos têm consciência de que o racismo é uma forma de violência moral e se constitui em crime no Brasil. Luana (7°02) sustenta em sua reflexão: “O negro não precisaria lutar pelos seus direitos se não houvesse racismo e descriminação”.
Partindo das reflexões e textos redigidos, deu-se início a aula de história que tinha como objetivo apresentar as riquezas africanas, nos dois aspectos: Matéria-prima e Mão-de-Obra.
A aula intitulada “As veias douradas da África”, com a contribuição da música “Racismo é Burrice”, provocou interesse no tema, sensibilizou para a situação do negro nos dias atuais, é claro que esta situação também pode ser mostrado aos alunos utilizando a mídia, por exemplo:Televisão, Clips, vídeos e etc.
Também podemos desenvolver projetos de aprendizagem utilizando o computador, é e claro partindo da curiosidade do aluno sobre este tema e outros como os meios de comunicação e a influência deles em nossas vidas. Fica claro aqui que este foi só um plano de aula aonde se usou um meio de comunicação, mas poderíamos usar outras máquinas, como MP3 que tem capacidade de gravar mais de 200 músicas e até conteúdos e que pode ser utilizado no trabalho em sala de aula.


Jaraguá do Sul, 10/11/2006.