A VERDADE DO OPRESSOR RESIDE NA CONSCIÊNCIA DO OPRIMIDO!

Fui cobrado pela Bea que não visitei e fiz comentários sobre os outros PA, na verdade procurei incansavelmente e não consegui encontrar aonde chegar lá, para mim está se tornando normal o esquecimento e a confusão mental, posso chamar isto também de fatiga mental! Talvez seja tarde para contribuir já que foi prorrogado até o dia 15, pois gostaria de ter aproveitado este feriadão para colocar tudo em dia.

Fiz os recortes solicitados sobre a aprendizagem e participei das atividades do PROA sobre PNEE. Penso que está tudo em dia, exceto as visitações nos PA.

Li o texto de Kanit e fiz este pequeno comentário, só não sabia aonde publicá-lo, por isso postei no blog.
Segundo o texto de Stephen Kanit, para a maioria dos professores é mais fácil ter a pergunta pronta, porque a resposta já está pronta também para determinado caso ou questão, pois é mais fácil para o professor corrigir e para o aluno responder, pois é só ler que vai encontrar a resposta no próprio texto do livro didático e o professor não quer analógicamente passar por “burro” porque pensam e ele próprio também pensa que sabe, pensa que é sábio, um intelectual, que tem a solução para tudo do que descobrir perguntas que precisam ser respondidas ao longo da vida. O texto fala do comodismo dos alunos, que querem ter perguntas feitas como no vestibular, penso também que o comodismo é também do professor, temos vivenciado isto nas nossas Unidades Escolares. Mas penso também que, o professor não é culpado desta situação e digo sempre que também é vítima do sistema.
A maioria das pessoas querem levar os estudos e a vida na flauta, porque pensam que é sopa como pensava Kanitz, quando iniciou pós-graduação em administração, levando para a minha vida pessoal, eu vivenciei vários problemas na vida, mas sempre fui um caçador de soluções e como é difícil de encontrá-las quando você não sabe qual é o verdadeiro problema, venci muitas batalhas, mas sempre estava consciente de que não devia dar moleza para a vida, porque a vida não dá moleza pra ninguém.
As perguntas prontas que recebi dos meus sábios e intelectuais professores também pouco me ajudaram na minha formação, na vida e na minha mudança, pois como dizia Paulo Freire, a educação é um ato político, que serve para mudar, senão, não serve pra nada! O grande problema deste país, penso que é a má política e a educação simultâneamente!
Quando Stephen Kanitz diz que nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, hegelianamente eu diria que: A verdade do opressor reside na consciência do oprimido. Se você encontrou a solução sem saber qual é o problema, você não vai saber pra que serve a solução! Se você está com dor, tem que descobrir a origem para dar o remédio certo, ou como diz o autor, quando você encontra o problema é mais fácil para encontrar a solução. Por isso, no início quando Kanitz implantou o método de estudo de casos em suas aulas na Universidade de São Paulo, a reação dos alunos foi a pior possível, pois de fato temos no Brasil um ensino voltado para perguntas prontas e definidas.
Como autor, discordo também da professora de filosofia que disse que depois de Platão e Aristóteles não existem mais perguntas a serem feitas, para ela então não há mais razão para existir! Provavelmente esta famosa filósofa não leu Paulo Freire, a pedagogia do oprimido que é, libertadora de ambos, do oprimido e do opressor, ou seja, do aluno e do professor! E muitos outros filósofos. Pois é um método que não ensina a repetir palavras, não se restringe a desenvolver a capacidade de pensá-las segundo as exigências lógicas do discurso abstrato; simplesmente coloca o alfabetizando em condições de poder re-existenciar críticamente as palavras de seu mundo, para, na oportunidade devida, saber e poder dizer a sua palavra.
Na dialética constituinte da consciência, em que esta se perfaz na medida em que faz o mundo, a interrogação nunca é pergunta exclusivamente especulativa: no processo de totalização da consciência é sempre pro-vocação que a incita a totalizar-se. O mundo é espetáculo, mas sobretudo convocação. E, como a consciência se constitui necessáriamente como consciência do mundo, ela é, pois, simultânea e implicadamente apresentação e elaboração do mundo.
Gostei da frase do autor, “se você pretende ser útil na vida, aprenda a fazer boas perguntas mais do que sair arrogantemente ditando respostas”, acrescento: Pense para perguntar inteligentemente?

Antônio Wilson Ribeiro!